Friday, September 29, 2006

Ké Frô?

Há mitos que foram feitos para serem quebrados e o mito de que eu tenho cara de marroquino tem sofrido duros revés na minha curta estadia em Espanha.
Logo no primeiro dia dirigi-me ao SEF cá do sitio para me legalizar. Fui para a fila como um bom emigrante e fiquei atrás de todos os pretos, árabes, sul americanos e asiáticos que me precediam na longa fila até é entrada. A coisa andou depressa até que chegou a minha vez de ser atendido pela espanhola nojenta. Pediu-me o BI os dois papeis e o dedo para besuntar naquela coisa preta que serve para as impressões digitais e mandou-me assinar um papel em dois sitios. Depois disto chamou um gajo que me disse para o acompanhar. "Isto de ser da União Europeia tem as suas vantagens", pensei eu ingenuamente. Entrei num elevador e fui conduzido para uma sala onde estavam uns funcionários mal encarados e uma preta sentada numa cadeira com um saco de compras em cima do colo. De repente apercebi-me. Os porcos dos espanhois desconfiaram que eu fosse um ilegal. Nervoso tentei explicar-lhes que era português, que ia começar a trabalhar no dia seguinte, blá, blá, blá... O mais mal encarado disse-me que o BI não era válido, que faltavam as márcas de água e a fotografia parecia ter sido colada. Eu insisti que não podia ser, que só se o meu governo não soubesse fazer BI's é que isso seria possivel. A maior parte deles acreditou em mim, mas o chefão continuou desconfiado e mandou analisar a impressão a ver se coincidia com a minha.
Enquanto esperava, conversei com o mais simpático sobre a condução dos portugueses. O Animal dizia que os Tugas eram doidos a conduzir, ao que eu repliquei que os Espanhóis não ficavam nada atrás de nós nesse aspecto...
Finalmente o chefe lá se convenceu com a análise da " huella " e mandou-me embora avisando-me que com aquele BI não me podia legalizar convenientemente. Agarrei no BI e fui-me a desejar que fossem todos arder na puta do inferno.

Outra situação houve que me consciencializou sobre a minha conmarroquinidade. À entrada do metro uma velha árabe começa a falar comigo lá na algarviada deles ao que eu lhe respondo em bom português, que não percebi nada do que ela disse. A velha não vai de modas e passa mesmo atrás de mim sem pagar bilhete. Já na estação a velha chega ao pé de mim e diz-me " Perdona-me, es que pensaba que eras Marroqui.". Pois a verdade é que não sou velha d'um caralho

o pseudo-terrorista

Quando mudamos para outro país a adaptação é smpre dificil pois é uma cultura nova, etc, etc... Pois bem, algo que eu notei nos primeiros dias que aqui passei era que, no metro, as pessoas olhavam para mim descaradamente. Intrigado com esta situação dei voltas á cabeça para saber a razão de tal comportamento. Sempre que eu entrava numa carruagem as pessoas olhavam-me de alto a baixo, o que me deixava um pouco encavacado. Ao inicio pensei que era por ser muito bonito, mas a verdade é que eu sou um gajo normal.
Isto ia-se sucedendo, sucedendo-se até que percebi o porquê. Ora reparem. Um gajo com aspecto de marroquino, com uma mochila, atentados de Madrid de 11 de março. Acho que não é preciso explicar mais nada, pois não?

Olé

pois bem, aqui estou em Madrid, para vos contar comé a vida de um tuga na nojenta capital do nojento país que é Espanha

 
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